[RESENHA] Um Dia

Um DiaAutor: David Nicholls
Páginas: 410  
Gênero: Romance.
Editora: Intrínseca
3/5 Estrelas 

Você pode passar a vida inteira sem perceber que o que procura está bem a sua frente.

De quem foi a péssima ideia de colocar estrelas nas resenhas aqui no REK? Wtf? Eu concordei com isso? Precisamos mudar isso. Porque às vezes (e comigo às vezes é sempre) eu leio esses livros que eu não consigo dar uma classificação. Não sei converter a forma com eu fui ou a não afetada em nota, que aspectos valem mais estrelas quais valem menos. Por favor, quem tem tempo pra isso?


Agora sim. Vamos falar sobre Um dia, sobre Dex e Em, Em e Dex , sobre David Nicholls, sobre mim.

É 15 de julho de 1988 e Dexter Mayhew  e Emma Morley se conhecem na noite da festa de formatura, a vida se abre a frente deles agora e sabem que no dia seguinte seguirão caminhos diferentes em busca de descobrir o que fazer com a própria vida, mas um dia basta para eles não construírem deixar de pensar um no outro e ser o ponto inicial para construir um grande amizade.

"Eu quero meu melhor amigo de volta, porque sem ele nada é bom e nada está certo." (todo mundo que tem um melhor amigo sabe como é isso, não importa quem ele/ela seja)


Emma Morley não sabe como preencher todos os imensos dias que se postam a sua frente, gosta de ler, de se engajar em causas politicas e sociais, ela mal sabe porquê, quer escrever e tocar as pessoas através da arte. Mudar o mundo, não o mundo não, só um pouquinho ao seu redor. É insegura e está tão cheias de dúvida.

Dexter Mayhew sabe ainda menos o que fazer só quer viajar e aproveitar tudo que puder. Nada de responsabilidades , apenas diversão, ter uma carreira que soe bem ao gritar acima da música alta no ouvido de uma garota em um bar.  

"- E daí... o que aconteceu com você?

-A vida. A vida aconteceu."

O livro narra pelos próximos 20 anos em todo 15 de julho como Em e Dex estão. Onde estão, o que fazem, como se sente em relação a vida, aos outros e a si mesmos. E o que estão fazendo - ou tentando fazer - com a própria vida. 

Um dia é absurdamente real, como se os dois protagonistas vivessem mesmo e estivéssemos sendo apresentados  as suas vidas. Por vezes triste, ás vezes fácil de ler, às vezes cansativo, às vezes espirituoso. às vezes faz você se questionar que se você está deprimido por causa da sua vida, ou por causa da vida deles. Pelo menos não me causou lágrimas. 


"Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida seria este. Confiança. Seria o presente da Confiança. Ou isso ou uma vela perfumada."

0 comentários:

Postar um comentário