Ah, Divergente! HAHAHA Eu achei esse post perdido em um canto obscuro do meu PC. Sim, ele é velho. É da época que eu reli o livro Divergente, antes mesmo, de acabar a trilogia. Mas eu me lembro que foi a primeira vez que começamos com um projeto de blog e que tinha achado super interessante falar sobre coragem, e as definições que o livro apresentava, e outros pensamentos que já tinham me ocorrido.

Bem, eu ainda acho! E é por isso que publiquei ele aqui. Tentei editá-lo e adaptar para ter um contexto agora, mas a maior parte dele, foi escrito há alguns meses, e tentei deixar para poder passar verdadeiramente minhas impressões sobre o assunto. Na época que escrevi eu ainda não tinha acabado a releitura, acho que é um ponto a se explicar.

Came on!

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 Começaremos pelo fim: 

Nesse último capítulo que eu li, a nossa protagonista– Tris - por um momento, ou dois parágrafos, reflete sobe o trecho do manifesto da Audácia. E passa pela cabeça dela que assim como todas as outras facções, a Audácia foi criada por motivos e com ideias certas – provavelmente - mas já se passaram muitos anos desde isso.

E aí me passou pela cabeça que a raça humana (lê-se nossa raça) tem essa capacidade de com o passar do tempo estragar as coisas, mesmo aquelas criadas com os melhores ideais. Nossa sede de poder, nossa ganância, nosso egoísmo, vai fazendo isso. Vai deixando esse rastro de podridão por aí. E você sabe o que isso fez com nossa Chicago futurista.

E as distopias que li até hoje (hey não foram muitas, eu sei) mas todas elas acabaram me mostrando que acabamos falhando com nossos sistemas políticos. independente de facções, distritos, castas... Sempre dá errado, sempre há corrupção, mentira, opressão... E novamente tudo pelas mesmas coisas que já ressaltei antes.

Trecho do manifesto da Audácia
Bem, superando isso, e ainda falando de algo com relação ao trecho do manifesto. Só eu que reparei nas várias definições que podemos atribuir à coragem?

Querendo eles admitir ou não, aqueles que fundaram a Audácia, tinha um pensamento um tanto altruísta. Se analisarmos esse trecho, claro. Levantar-se em defesa de outra pessoa, assim como o Al diz que a ideia de defender outra pessoa através da sua coragem era uma ideia que o agradava. Ou seja, a Tris e vários outros personagens defendem essa ideia de coragem. E há os que acham que enfrentar os próprios medos é uma forma de se exibir por aí. Outros que acham que a coragem é enfrentar os próprios medos, viver com eles, basicamente. Sem exibições ou sem defender alguém quando se faz isso. 

Então as definições que os personagens dão a ela, talvez seja só um reflexo de quem eles são, das histórias deles. Do meio que cresceram, com as pessoas que cresceram que ensinaram coisas a eles. E que sendo assim refletem na maneira de verem o que é coragem.

“Eu ignoro o medo. Ao tomar decisões finjo que ele não existe”- Four. (sim eu sei, o Quatro não pensa somente assim.)

E o último tópico, que foi o primeiro que ocorreu, cronologicamente falando é em como a nossa memória nos engana.

Porque há quase um ano atrás quando eu li pela primeira vez Divergente. Claro que sabendo tudo o que ia acontecer, depois da Maíra ter me contado toda a história (sim, eu deixei, achando que não iria ler o livro. Por que eu achei isso mesmo?). Bem, na minha lembrança a coisa toda parecia que ia num ritmo mais corrido, sabe? E na verdade não, tem um ritmo bom e controlado. E claro que isso também tem a ver com o fato de que estou relendo e não é como quando você está conhecendo a história.

Só que isso não tem a ver só com livros, ou comigo. Nós lembramos das coisas, depois de muito tempo ,não como elas realmente aconteceram, mas de acordo com o que sentíamos naquele momento. E tem essa frase que me veio na cabeça que eu vi por aí, e eu não lembro quem é o autor, mas diz se você perguntar para duas pessoas que participaram da mesma cena, elas descreverão aquilo de formas diferentes. E isso é quase frustrante não é, saber que você não pode ter certeza absoluta sobre algo que lembra, que aquilo pode não ter ocorrido exatamente daquela forma. Porque seus sentimentos podem estar "modificando"sua lembrança daquilo. Além é claro do esquecimento. 

-helena guimarães

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